Doença da raiva: entenda como ela pode contagiar animais e humanos
A doença da raiva é extremamente perigosa e infecciosa. Ela é causada por um vírus que compromete o sistema Nervoso Central (SNC), e pode atingir todas as espécies de mamíferos, incluindo os seres humanos.
Além disso, a doença possui a letalidade de aproximadamente 100%. E, é considerada a zoonose, ou seja ela passa dos animais ao homem e vice-versa.
Continue a leitura para descobrir as causas, tratamentos e medidas preventivas para manter os animais de sua casa e toda a sua família segura.
O que causa a doença da raiva?
A raiva é uma doença infecciosa grave causada por um vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Portanto, trata-se de uma enfermidade viral que pode afetar qualquer mamífero e tem uma taxa de mortalidade muito alta.
Após a transmissão do vírus, ele ficará inativo por um período de tempo, que varia de acordo com a espécie e como é transmitido. Confira a seguir como acontece a transmissão da doença da raiva em seres humanos, cachorros e gatos.
Sintomas da raiva canina
Em sua fase inicial, a raiva em cães provoca mudanças de comportamento, como se esconder em locais escuros ou demonstrar agitação incomum. Dentro de 1 a 3 dias, surgem os sintomas mais graves:
- Agressividade, com tendência a morder objetos, outros animais e até o tutor;
- Automutilação, com o cão mordendo a si mesmo, muitas vezes causando ferimentos graves;
- Salivação excessiva, causada pela paralisia dos músculos da deglutição, impedindo-o de engolir;
- Alteração no latido, que se torna rouco ou bitonal devido à paralisia parcial das cordas vocais;
- Propensão a fugir de casa e percorrer grandes distâncias, atacando outros animais e espalhando a doença.
Esses sintomas são sinais críticos de que o vírus rábico está em ação e exigem atenção imediata.
Sintomas de raiva em gatos
A sintomatologia da raiva em gatos é semelhante à dos cães, com uma das primeiras mudanças sendo o comportamento, que pode ocorrer dentro de uma semana ou até meses após a exposição ao vírus.
Conforme o vírus se espalha pelo corpo do gato, os sintomas iniciais são:
- Febre;
- Vômitos;
- Salivação excessiva;
- Cansaço extremo.
À medida que a doença avança, surgem sinais mais graves, como agitação extrema, crises convulsivas e, em estágios mais avançados, paralisia. Esses sintomas exigem atenção imediata.
Confira a seguir alguns cuidados gerais que você deve ter para evitar uma possível contaminação da doença raiva.
Formas de transmissão da raiva: seres humanos
Em 95% dos casos humanos ocorre por mordedura de cachorros infectados. Ou seja, a saliva contaminada com o vírus que é introduzida no corpo da pessoa.
A raiva também pode ser transmitida se houver contato direto da saliva do animal com os olhos, mucosas ou feridas, bem como lambeduras ou arranhões de animais doentes.
Outra maneira de contaminação aos humanos é a arranhadura por unha de gato. Uma vez que ele tem o hábito de se lamber, e suas unhas podem estar infectadas com o vírus.
Formas de transmissão da raiva: cães e gatos
Os principais transmissores para os cães e gatos são os animais silvestres, como morcegos, gambás e macacos, que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental.
Com isso, o contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida. E, o vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso, alcançando, em seguida, outros órgãos e glândulas salivares. Onde se replica, e, em poucos dias, o animal vai a óbito.
Fui mordido por um cachorro, e agora?
- Lave imediatamente o ferimento com água e sabão;
- Procure com urgência o Serviço de Saúde mais próximo;
- Nunca interrompa o tratamento preventivo sem ordens médicas.
Contudo, é importante ressaltar que mobilização mundial de combate à raiva estabeleceu o ano de 2030 como meta para o fim das mortes causadas pela doença. No entanto, isso só acontecerá com a periodicidade da vacina sendo totalmente respeitada.
Medidas de prevenção
A principal e mais eficiente medida preventiva para a doença da raiva é sem dúvidas a vacinação.
Dito isso, é importante que os tutores tenham em mente que a doença da raiva é considerada incurável aos animais, por isso é essencial a prevenção por meio de vacinação canina e vacinação felina, ambas com sua periodicidade anual.
Isso porque, a vacina antirrábica é muito importante pois imuniza os cães e gatos contra doença. Deste modo, eles não são infectados pela raiva e não disseminam o vírus.
No entanto, existem outros cuidados essenciais que os tutores devem ter com os seus animais de estimação e com si próprio, confira a seguir:
- Passeios sempre com guia;
- Não “provocar” cães ou mexer quando está dormindo ou comendo;
- Não separar brigas com o corpo (opte por água, gritos, sons, jogar pano/roupa).
Dia Mundial contra a Raiva: importância da conscientização e prevenção
O Dia Mundial contra a Raiva, celebrado em 28 de setembro, tem como objetivo reforçar a importância da prevenção por meio da vacinação e controle de animais infectados. A data promove ações globais para alertar sobre os riscos da raiva e lembrar os tutores da necessidade de manter as vacinas de seus pets em dia.
Agora que você já sabe a gravidade que a doença da raiva oferece aos animais e seres humanos, mantenha a vacina antirrábica do seu pet em dia, assim como as consultas de rotina com um médico-veterinário.
Cuide de todos aqueles que você ama.
