Com que frequência devo levar meu pet ao veterinário?

Levar cães e gatos ao veterinário apenas quando estão doentes é um erro comum — e perigoso. Assim como os humanos, os pets precisam de acompanhamento preventivo, com exames, vacinas e avaliações periódicas que ajudam a evitar problemas antes que eles se agravem.
Mas afinal, com que frequência devo levar meu pet ao veterinário? A resposta depende da idade, histórico de saúde e estilo de vida do animal. Neste guia, você vai entender os cuidados essenciais em cada fase da vida do pet e como montar um calendário de visitas com responsabilidade.
Filhotes: visitas frequentes nos primeiros meses
Nos primeiros meses de vida, cães e gatos precisam de uma sequência de cuidados essenciais. A frequência das idas ao veterinário deve ser mensal, até que o protocolo vacinal esteja completo.
Durante essa fase, o veterinário irá:
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Avaliar o desenvolvimento geral do pet
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Iniciar a vacinação (V8, V10, antirrábica, entre outras)
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Prescrever vermífugos e antipulgas
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Identificar sinais precoces de doenças congênitas
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Esclarecer dúvidas sobre nutrição, socialização e rotina
De 0 a 6 meses, as visitas são importantes para garantir um crescimento saudável e prevenir doenças graves.
Adultos saudáveis: consultas anuais são suficientes?
Após o primeiro ano de vida, muitos tutores acreditam que uma consulta anual é o suficiente — e, de fato, para pets saudáveis e bem acompanhados, essa frequência pode ser adequada. Mas é importante que essa consulta seja completa e preventiva, incluindo:
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Atualização do calendário vacinal
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Exame físico geral
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Avaliação dentária e oftalmológica
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Checagem do peso e condição corporal
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Reforço de vermifugação e antiparasitários
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Exames laboratoriais de triagem (quando indicado)
Alguns profissionais recomendam uma consulta de rotina por ano, mas se atentar para raças com predisposição a doenças crônicas, eles podem exigir um acompanhamento mais próximo.
Pets idosos: mais atenção e visitas mais frequentes
A partir dos 7 anos para cães e 10 anos para gatos, o pet entra na fase sênior e passa a ter necessidades diferentes. Alterações hormonais, metabólicas e articulares podem surgir mesmo sem sintomas aparentes.
Nessa fase, o ideal é que o pet vá ao veterinário a cada 6 meses, com foco em:
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Check-up geriátrico (sangue, urina, função renal e hepática)
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Avaliação cardíaca e pressão arterial
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Monitoramento de dor crônica e mobilidade
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Identificação precoce de tumores ou nódulos
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Ajustes na alimentação e suplementação
Quanto mais cedo qualquer alteração for detectada, maiores as chances de controle com qualidade de vida.
Situações que exigem visitas imediatas ao veterinário
Independentemente da idade, o tutor deve procurar atendimento sempre que notar mudanças fora do normal, como:
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Vômitos ou diarreia persistentes
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Falta de apetite por mais de 24h
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Letargia ou apatia sem causa aparente
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Tosse, espirros, secreções ou dificuldade para respirar
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Coceira intensa, queda de pelos ou feridas
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Urina com sangue, dificuldade para urinar ou defecar
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Mudanças repentinas de comportamento
Esses sinais podem indicar condições que precisam de intervenção rápida e não devem ser ignorados.
Ir ao veterinário não é só prevenção — é cuidado e conexão
Visitas regulares ao veterinário não servem apenas para detectar doenças, mas também para acompanhar a evolução do pet ao longo da vida, tirar dúvidas, ajustar a alimentação, conversar sobre comportamento e garantir que tudo esteja em equilíbrio.
Manter esse acompanhamento demonstra cuidado, responsabilidade e amor verdadeiro, pois evita que pequenos sinais passem despercebidos até se tornarem problemas maiores.