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Seu cachorro tem medo de barulhos?

É muito comum ouvirmos que um cachorro tem medo de barulhos, na verdade, fobia a barulhos altos é um dos assuntos mais preocupantes para os tutores de pets (entre 40 e 50%). Estudos apontam que a exposição a fogos de artifícios, gritos, aspiradores de pó, portas batendo e outros barulhos do gênero, antes dos 6 meses de idade, podem levar o cachorro a associá-los negativamente e, por consequência, ter medo de barulhos.

Sensibilidade genética a barulhos, uma experiência traumática com barulhos, transmissão social (adquirida de outros cachorros medrosos) e, até mesmo, atitudes dos tutores, podem contribuir fortemente para o surgimento e progressão do problema.

 

Como eu sei se meu cachorro tem medo de barulhos?

Na maioria das vezes, o causador do medo é um barulho bem alto e único (um trovão ou tiro, por exemplo). Se você estiver por perto quando algum desses barulhos acontecer, você verá claramente os sintomas no seu pet – ele poderá tremer, salivar, se esconder, procurar por atenção ou por você, pode tentar escapar ou chorar).

Algumas misofonias (fobia a barulhos altos) podem ser levadas tranquilamente com uma combinação de tratamento ambiental, com tratamento comportamental e, se preciso for, medicação. O quadro varia muito de cachorro para cachorro, depende de outros medos, a habilidade de tratar com situações de pânico, o ambiente familiar e do empenho do seu tutor para achar alguém que o ajude a estabelecer uma rotina de exercícios e atividades para o cachorro se distrair. Complicado, né? A gente te ajuda, se você quiser, claro. Entre aqui e conheça um pouco sobre como a gente pode te ajudar com esse problema.

Sabemos que fobias sonoras podem ter um fator genético, o que pode explicar a dificuldade de certos tratamentos contra esse medo. Outro fator que pode acelerar o desenvolvimento do medo, é a presença de outros medos indiciados pelo medo inicial. Mas como assim? É simples, se o seu cachorro tem medo de barulhos e, principalmente, de trovões – que não têm uma fonte definida, ele terá medo também de tudo que esses trovões acarretam (chuva, clarões e possíveis tremores). Por outro lado, tiros, batidas, freadas, fogos de artifício e outros barulhos que não sejam seguidos de outros barulhos que tenham uma fonte já conhecida, são mais fáceis de serem reproduzidos e trabalhados na hora da dessensibilização. Outro ponto é que esse processo de dessensibilização leva tempo e paciência, portanto, tenha foco e seja regular.

E como eu posso ajudá-lo?

Um passo muito importante para começar o tratamento do seu cachorro, é você controlar o ambiente dele a fim de prevenir e diminuir a exposição dele a barulhos altos até a dessensibilização ser feita por completo.

Levando em conta que o problema é uma dor de cabeça enorme para o tutor (perturbando o sono, fazendo xixi pela casa, etc), superexposição aos barulhos geralmente intensifica o problema, achar métodos para reduzir a intensidade dos sinais e dos barulhos deve ser o foco inicial. E, durante a exposição assistida aos barulhos, o tutor deve montar estratégias para acalmar o pet, como por exemplo: levando-o para um lugar da casa onde ele se sinta mais seguro, onde ele possa brincar com seus brinquedos favoritos e que você possa conversar com ele afim de mantê-lo entretido.

Retirar-se para um lugar seguro é uma resposta muito comum e bem recomendada por especialistas. Depois, você vai precisar achar uma forma de mudar a estratégia de dessensibilização – uma ideia super válida é ir “enfrentando” o medo aos poucos. Vá controlando o volume e a distância do gatilho do medo, isso se chama gradiente de estímulo: uma pistola de brinquedo pode ser coberta com uma toalha, colocada dentro de uma caixa, ou usada a distância para cachorros com aversão a tiros. Sons de tempestades e flashes podem ser usados para dessensibilizar cães com medo de tempestade ou trovões. Na verdade, essas gravações são muito úteis para trabalhos de dessensibilização de barulhos altos, elas estão disponíveis com diversos barulhos (carro, trator, trovão, aspirador de pó, fogos de artifício, tiros, balão estourando e mais vários).

Antes de começar a dessensibilização, o pet deve ser treinado para ir para algum lugar onde ele se sinta seguro, e ficar relaxado. Uma boa ideia é usar uma coleira para guiá-lo durante esse treinamento, já que é mais fácil condicioná-lo assim e também de mantê-lo focado durante todo o processo. Dessensibilização consiste em expor o pet a um nível de medo que seja baixo o suficiente para ele se controlar. As recompensas são pareadas com o som causador do medo: reserve os petiscos favoritos dele e use-os nessas sessões na hora que o barulho tocar, assim o seu cachorro associa o petisco com  barulho alto.

Com o passar do tempo, conforme o seu cachorro for se acostumando, você pode ir aumentando o nível de exposição ao medo, até que o estímulo seja o barulho real (como por exemplo: no começo, toque barulhos de trovões e depois vá mudando para tempestades, até que o gatilho vire uma tempestade real).

Distrações positivas (como jogos, brinquedos recheados de comida e ossos) podem tirar o foco do pet do seu medo – enquanto ele ouve o barulho e presta atenção no brinquedo, ele associa positivamente a situação. Tente fazer festinhas durante a situação de medo, faça barulhos que chamem a atenção do pet (nenhum que cause medo hein), brinque com squeakys, rasgue papéis, rasgue caixas de papelão, enfim, use e abuse da criatividade para chamar a atenção do seu pequeno, ou grandão rs.

Prevenção

   O melhor jeito de prevenir esse medo, é expor o pet ao maior  número de estímulos possível, enquanto eles ainda são filhotes.    Quanto antes, melhor! Logo por volta das 2 semanas de idade,  filhotinhos devem ser expostos a vários estímulos diferentes,  incluindo barulhos, luzes, cores, odores e texturas.

Uma vez habituados a esses estímulos, mesmo que não todos,  especialmente durante o período de socialização, continue o  processo até a idade adulta. E comece a condicionar recompensas  positivas a barulhos que gerem algum sinal de medo. Treino e paciência são as palavras chave!

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